sábado, 17 de setembro de 2011

A reportagem*

Enio Moraes Júnior











Reportagem sobre limpadores de para-brisas que deu origem a outra, socialmente mais relevante, sobre crianças obrigadas a trabalhar


O trabalho de reportagem, que corresponde à apuração, ou seja, à busca de dados e informações a serem passadas para o leitor do texto. Talvez este seja o momento mais importante da atividade jornalística.
É nesta etapa que o repórter busca saber mais a respeito do fato sobre que está escrevendo e dados relacionados ao acontecimento, como nomes de pessoas, razões por que elas estão envolvidas no fato, detalhes do ocorrido etc.
Para isso, é fundamental que o repórter recorra às fontes e às entrevistas.

a. As fontes
Em jornalismo, fontes de informação significam os instrumentos que o jornalista pode dispor para buscar ou aprimorar dados para sua matéria. No contexto da imprensa, uma fonte é qualquer pessoa que presta informações ao repórter.
Mas não apenas pessoas podem ser consideradas fontes. Às vezes o repórter pode recorrer a jornais, revistas, livros, internet, vídeos, rádio e telejornais em busca de informações.
Por exemplo, para fazer uma matéria sobre a exposição de um artista plástico na Pinacoteca do Estado, o ideal é que sejam pesquisados em jornais antigos e na internet dados sobre suas últimas exposições, sua vida e sua carreira. Esta é uma maneira de evitar gafes, muitas delas induzidas por preconceito ou desconhecimento.
Em São Paulo, um amigo foi fazer uma entrevista com um cantor de MPB e um dos dados que tinha era que o artista era capixaba. Como não sabia ao certo o que significava a palavra e não checou, achou que capixaba era quem nascia em alguma região do Nordeste... E lá foi ele fazer a entrevista:
- A música capixaba é diferente da música feita aqui no Sudeste?
O cantor olhou o repórter, frisou o olhar e respondeu:
- Não, ela igualzinha porque ela é feita aqui no Sudeste!
O jornalista teve o bom senso de ficar calado e encerrou a entrevista. Depois descobriu que capixaba é quem nasce no Espírito Santo, que fica no Sudeste.
O repórter poderia ter se dado melhor se tivesse consultado um dicionário ou a internet, que são sempre boas fontes de informação. No entanto, de uma forma geral, as pessoas são mesmo as principais fontes de apuração da informação jornalística. Essa apuração é feita por meio da entrevista.

b. A entrevista
A entrevista jornalística é uma das principais fontes de informação para a mídia. Ela explica, esmiúça, justifica e argumenta o acontecimento. É especialmente por meio dela que o repórter pode entender e amarrar melhor os fatos para levá-lo ao público.
Às vezes publicada na íntegra, em formato ping-pong, a entrevista, nestes casos, constitui uma modalidade específica do jornalismo. Mas normalmente ela funciona como um instrumento de apuração da reportagem.
Em qualquer caso, um dos segredos para uma entrevista bem sucedida são a simpatia e o entrosamento do repórter com o tema e com o entrevistado.
Saber lidar e ganhar a confiança e o respeito do entrevistado e desbloquear os canais para a conversa são pontos chave que o entrevistador tem que vencer.
Ao falar sobre o assunto no livro Entrevista: o diálogo possível, a professora de jornalismo Cremilda Medina diz que a entrevista não deve ser um monólogo, um ato comunicativo em que apenas um dos seus participantes fala, em que só o repórter tem o controle do que é dito.
Para ela, a entrevista deve ser um diálogo entre o jornalista e o entrevistado, favorecendo a relação repórter-entrevistado-receptor. “Um leitor, ouvinte ou espectador sente quando determinada entrevista passa emoção, autenticidade, no discurso enunciado tanto pelo entrevistado quanto no encaminhamento das perguntas pelo entrevistador”, argumenta a professora

A seguir, algumas orientações a serem observadas pelo repórter para a realização de um bom trabalho de campo:

1. Esteja sempre bem informado, especialmente a respeito do assunto sobre o qual desenvolverá a reportagem. As informações necessárias a respeito de temas específicos no momento em que vai fazer uma reportagem podem ser conseguidas no arquivo do jornal, emissora ou em outras fontes de informação, inclusive conversas com especialistas.

2. Marque entrevistas com antecedência e não esqueça, se necessário, de confirmá-las.

3. Seja pontual e apresente-se adequadamente vestido para cada oportunidade. Se você vai cobrir, por exemplo, uma votação na Assembléia Legislativa, seu figurino tende a ser mais formal que o de uma cobertura de um jogo de futebol e vice-versa. E isso não é simples etiqueta. Na verdade, quando o repórter se veste de acordo com a ocasião, ele vence barreiras entre ele, o fato e os entrevistados.

4. Esteja bem relacionado e respeite as fontes, mas respeite, sobretudo, o leitor. Às vezes, determinados jornalistas conseguem informações para os seus leitores que outros jamais conseguiriam graças ao seu bom relacionamento e credibilidade junto às fontes, sejam autoridades ou populares.

5. Concentre-se no seu trabalho. Preste atenção ao que diz o entrevistado. Uma informação inusitada pode reorientar toda a reportagem ou até derrubar a pauta. Numa das minhas primeiras experiências como jornalista, eu estava fazendo uma matéria sobre crianças que limpavam pára-brisas em semáforos da cidade. Ao entrevistar um dos meninos, soube que ele fazia esse trabalho porque seus pais o obrigavam a trabalhar e levar dinheiro para casa sob pena de ser surrado. A pauta sobre os limpadores tornou-se menos importante e outra matéria sobre crianças mal-tratadas pelos pais ganhou destaque nas páginas do jornal. Do ponto de vista do interesse público e da defesa dos direitos humanos este foi um trabalho bem mais importante.

6. Se durante a entrevista você tiver acesso a um dado do qual você desconfie, é fundamental checá-lo antes de publicá-lo, assim você evitará confusões e não levará informações descabidas ao leitor.

7. Elabore uma agenda com telefones, endereços e e-mails de suas fontes. Todo repórter tem a sua e a utiliza.

8. Obedeça às regras da gramática e revise sempre os seus textos.

Bom, agora você já pode entrar em campo. Sucesso!

* Este texto é uma reedição de "A reportagem", de 2006, originalmente publicado em http://www.jornaljovem.com.br/edicao4/editorial_dicas02.php.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A pauta: o roteiro da reportagem*

Enio Moraes Júnior

O jornalismo é definido pela sua vinculação com o interesse público. As pessoas precisam da notícia e da informação jornalística porque, em grande medida, o serviço prestado pela imprensa as ajuda a viver melhor. Por isso, pensar e elaborar uma boa pauta são o começo de qualquer reportagem jornalística que se coloque a serviço dos cidadãos.
A pauta é o guia, o roteiro, o briefing que vai orientar o repórter em seu trabalho. Conceitualmente, a pauta é a solicitação, por parte do pauteiro, do trabalho que ele deseja que o repórter execute. Mas costumo dizer aos meus alunos que quando o trabalho de apuração da informação é feito por apenas uma pessoa, e não há as figuras do pauteiro, do repórter, do editor etc., mas todo trabalho é realizado por apenas uma pessoa, em vez de pauta, é possível falar em roteiro para o trabalho de reportagem.
Ao contrário do que se pensa, deve haver muito cuidado na hora de pensar e preparar a pauta ou o roteiro de reportagem. Além de se refletir bem sobre o que se quer dizer no texto e a maneira como se fala, é preciso criatividade e estar bem informado sobre o assunto que se quer escrever.
Porém, vale lembrar que a pauta ou o roteiro não devem ser uma camisa de força. Se, por um lado, o repórter deve segui-los com precisão, por outro, em alguns momentos, ele deve abandonar sua rigidez e apostar na sua sensibilidade, no seu ‘faro’. Enfim, na hora de elaborar a pauta ou o roteiro da reportagem:

1. Deixe claro, no início da pauta, a retranca e o tema de que deverá tratar a reportagem.
2. Em seguida, deixe clara a angulação da matéria. Nada, nem mesmo a mais pretensamente neutra cobertura jornalística, é imparcial. A forma de ver o mundo e de enxergar os conflitos que rodeiam os cidadãos – seja da empresa, do jornalista ou do repórter – sempre estão presentes no jornalismo. Por isso, posicione-se logo. Esclareça o posicionamento, a angulação da matéria.
3. Pesquise sobre o assunto: anote dados relevantes e que já estão disponíveis em algum lugar. Hoje em dia, além dos jornais, a internet e sites de busca como Google são boas fontes para essa etapa do trabalho;
4. Em seguida, aponte os elementos a serem problematizados. Esclareça para o repórter – no caso de estar elaborando uma pauta – ou para você mesmo, em se tratando de um roteiro – o que a matéria vai acrescentar às informações já disponíveis;
5. A seguir, indique fontes a serem ouvidas, ou seja; as pessoas que podem ser entrevistadas sobre o assunto. Sugira as possíveis perguntas a serem feitas pelo repórter e, por fim, anote nomes e, na medida do possível, e-mails e telefones das fontes. Neste ponto, lembre-se que nem sempre apenas as autoridades são ouvidas. Sugira também entrevistas com pessoas do povo, e aí nem sempre você precisa citar nomes;
6. Se você dispuser de equipamento fotográfico, não deixe de sugerir ou roteirizar fotos e imagens que devem, junto com o texto, ilustrar o trabalho;
7. No final, indique o número aproximado de laudas que o repórter tem para escrever. Uma lauda, para quem ainda não tem familiaridade com a linguagem jornalística, corresponde a um conjunto de 1400 (mil e quatrocentos) caracteres contados os espaços. Uma matéria jornalística de um tamanho razoável tem, em média, duas laudas.

Com as dicas acima, a sua pauta ou roteiro estão prontos e o seu repórter ou você está mais habilitado a fazer o trabalho de campo: a reportagem. Veja no exemplo de pauta a seguir como podem ficar os tópicos de que falamos acima.

Retranca: Eleições
Tema: O voto do jovem
Data: 20 de outubro
Deadline: 03 de novembro
Angulação: Partindo de uma crítica à situação política nacional, a ideia é discutir a questão do primeiro voto do jovem, tema que interessa a muita gente em ano eleitoral.
Informações preliminares: Corrupção, CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) quase intermináveis, alguns deputados com mandatos cassados e muitos outros absolvidos contando, muitas vezes, com as benesses e os privilégios das amizades do meio político nacional. Este é mais ou menos o desolador quadro da política brasileira e, em meio a isso tudo, a população parece cada vez mais distante da vida e das decisões políticas. Os jovens, muitos dos quais votam pela primeira vez em outubro deste ano, nem sempre sabem quais os critérios que devem levar em conta para escolher seus candidatos.
Fontes e sugestões de perguntas:
Bruno Konder Comparato, cientista político, professor da Universidade de São Paulo:
• Por que a política brasileira passa por essa crise de credibilidade e interesse? O quadro sempre foi este ou agravou-se nos últimos anos?
• É importante o voto do jovem? Quais os critérios que ele deve estabelecer para escolher seus representantes nos espaços políticos nacionais?
• Como o jovem pode acompanhar mais de perto as decisões e cobrar mais dos políticos?
Jovens, especialmente com aqueles que votam este ano pela primeira vez;
• Você acha que participa da vida e das decisões políticas do País? Por quê? Se participa, de que forma faz isso?
• Quais os critérios que você adota para escolher seus representantes?
Temos no mínimo duas e no máximo três laudas para contar essa história. Vamos também fazer fotos de todos os entrevistados e também da fachada da sede do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER / SP) para ilustrar a matéria.


Contato: Prof. Bruno Konder Comparato
Telefones: (11) AAAA-BBBB/ CCCC-DDDD
E-mail: ABCD@XXX.com.br
TSE: Rua JJJJJ JJJJJ MMMM nNNN

* Este texto é uma reedição de "A pauta: o roteiro da reportagem", de 2006, originalmente publicado em http://www.jornaljovem.com.br/edicao4/editorial_dicas01.php.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O texto é um bolo para comer com café

Por Enio Moraes Júnior
Foto: entrereceitas.blogspot.com



Sempre me encantou saber que as coisas podem ter receitas e que cada uma delas pode ser um guia para a gente seguir na cozinha, na escrita dos textos jornalísticos ou na vida. Jamais esqueci os cadernos de receita de dona Joene, minha mãe. Como nunca fui lá um grande cozinheiro, acho que a melhor coisa que aprendi nesses cadernos foi a admirar o método das receitas.
Embora para cada cozinheiro o bolo vá resultar de um ou de outro jeito – como dizem os mestres-cuca, tudo depende muito "da mão" de quem cozinha –, as receitas tendem sempre a conduzir a resultados satisfatórios.
Além disso, me encantava perceber que a confiança trazida pela experiência passava a dispensar a receita ali ao lado. Fosse na comida preparada por dona Joene, nos salgados da tia Lúcia, nos beijos-de-caboclo da dona Ângela ou nas compotas da dona Marly – cozinheiras talentosíssimas que marcaram meu paladar desde muito cedo –, cozinhar tornara-se quase um exercício do espírito. Quase uma ioga, quase uma levitação.
E essa leveza permite algumas ousadias que só quem tarimba competentemente com a dupla forno-fogão pode ter, como fazer bolos azuis ou brigadeiros com milho verde. Mas enfim, atrevimentos à parte, sempre é bom começar bolos e textos por receitas. E quanto mais simples elas forem, melhor.

Ingredientes, a razão de escrever

Leite, ovos, manteiga, açúcar e farinha de trigo. Normalmente são esses os ingredientes que não podem faltar para se fazer um bom bolo. Mas para se fazer um texto, especialmente um bom texto argumentativo, quais seriam os ingredientes indispensáveis?
Se para o bolo, os ingredientes vêm da natureza ou da mercearia, no texto, eles vêm da alma. Eu sempre digo que gosto de ler sobretudo porque gosto de escrever. E é verdade.
A leitura é a minha motivação, a minha enteléquia, a minha força motriz para fazer o que mais gosto: escrever. E quando falo de leitura não falo apenas de ler livros, jornais ou sites. Falo de ler a vida, de ler gente e de ler lugares. Ao observador atento, tudo termina sendo importante. Os ingredientes para um bom texto são as nossas sensações, as nossas subjetividades. Aquilo que somos e aprendemos a ser observando, olhando, "lendo" a vida que passa por nós e o nós que passamos por ela.
Algumas pessoas tiram esses ingredientes sobretudo da política, da economia, das artes. Outras tiram-nos das pessoas, das dores, da fé (licidade), da vida. Não importa de onde vêm os ingredientes, o fato é que eles são a base de qualquer bolo. Digo: de qualquer texto.
Para fazer um texto, cada pessoa tem que descobrir qual é a sua fonte de ingredientes. Uma boa dica é se perguntar: o que, de fato, me interessa? Os ingredientes da sua razão de viver – e de escrever – estão nesse amálgama de coisas.

Artigos e perfis

Ingredientes em mãos, é hora de misturá-los. Mas não saia quebrando os ovos nem derramando o leite. Em primeiro lugar, trace um roteiro para o seu texto, estabeleça uma sequência lógica com começo, meio e fim. Elabore tudo isso como se fosse uma receita de bolo do que você quer escrever e siga essa receita. Comece anotando seu pressuposto, a afirmação inicial que motivou o seu interesse por escrever o texto. Depois, anote os argumentos – e, se for o caso, os contra-argumentos – do seu texto. Ou seja: os elementos que você vai utilizar para defender ou ponderar em relação ao seu pressuposto.
Em segundo lugar, comece a preencher esse roteiro com seu texto. Se for o caso, utilize autores para subsidiar seus pontos de vista. Procure dar atenção à clareza e à coerência do que escreve. Ser claro significa que as pessoas devem entender o que você quer dizer, ser coerente significa que o que você diz tem que ter lógica, sentido, e estar bem argumentado. Mas cuidado: seja claro sem ser primário, seja coerente sem ser óbvio.
Lembre-se que alguns textos tendem a ser mais objetivos. É o caso dos memorandos, dos relatórios e de algumas reportagens jornalísticas para páginas de Economia ou Política. Outros são mais livres. É o caso dos textos argumentativos e dos textos literários. No caso da imprensa, incluem-se aqui o jornalismo opinativo e o jornalismo literário. Os artigos e os perfis, por exemplo, permitem esse tipo de liberdade. E algumas vezes, felizmente, em nome da liberdade da linguagem, são quase uma libertinagem! Depois de pronto o seu texto, volte a ler o material.

Café dá um toque de lucidez

Em terceiro lugar, recheie o seu texto com o seu estilo. Aqui é hora de colocar em prática o seu toque pessoal; características de escritor que você desenvolveu de forma peculiar, que você percebe que emergem de você. Estilo é personalidade! Mas lembre-se que esse recheio vai depender também, e muito, do objetivo do material. Alguns bolos têm recheios mais simples, como o noticiário econômico ou político. Outros têm recheios mais adocicados e caprichados, ao gosto de grande parte do jornalismo opinativo e literário.
O recheio é o que dá o toque de cada um ao bolo. Aí, até mesmo os cozinheiros mais iniciantes têm espaço para testar a sua criatividade. Às vezes até não se tem recheio no bolo, mas convenhamos: é o recheio que deixa, lá dentro do bolo, a surpresa, o toque de cada mestre-cuca. Há recheios que são apenas caldas de açúcar. Outros, podem ser chantilly ou cremes de chocolate. Você poderá utilizar metáforas para rechear um texto. Você pode falar sobre redação de textos, por exemplo, recheando-o com bolos. Entende?
Em quarto lugar, prepare a cobertura. Ela é a "cara" final do bolo. No jornalismo, diríamos que se trata da edição do texto. É hora de titular, subtitular e, se for o caso, escolher fotos e legendas. Enfim, é hora de arrumar tudo, de dar ao texto o seu aspecto final.
Todo esse trabalho deverá obedecer aos critérios e às pretensões do cozinheiro. A cobertura poderá ser uma simples calda de açúcar ou uma irresistível e densa calda de chocolate coberta com displicentes granulados de brigadeiro. Assim, um texto mais objetivo terá um título e um subtítulo mais seco. Uma escrita mais livre e literária terá uma "cara" mais jocosa ou criativa.
Novamente leia e releia o material. Faça ajustes, corte excessos! Assim como dona Joene faz, use a espátula e tire aquele monte de doce que escorre e mela a bandeja. Se ninguém estiver olhando, grude tudo nos dedos e lamba-os como se aquela displicência fosse um segredo só seu e, talvez, de um ou outro cúmplice que está por perto. No caso de dona Joene, geralmente eu e meus irmãos!
Pronto! Babe à vontade, delicie-se com a sua obra. Se você gostar e achar que tudo tem clareza e coerência, terá grandes chances de agradar seu leitor. Depois de servir, saboreie cada pedaço olhando nos olhos e na alma de cada um deles.
Ah, e não esqueça o café. Todo texto é um bolo para comer com café. Ele dá um toque de lucidez e aí você já começa a pensar em fazer novos bolos. Digo: novos textos!